sexta-feira, 20 de março de 2009

Chuva de Sapos ( Filme: Magnólia)


Tema de hoje: Arnaldo Jabor.

"Arnaldo Jabor é um cineasta fracassado, que cometeu três filmecos pornográficos, metidos a cult. Desistiu, felizmente, e quando pensávamos estar livres de sua falta de talento, eis que o monstro ressurge e resolve torrar nossa paciência de outro jeito: fingindo que está com encosto do Paulo Francis. Paulo Francis era um direitista doente. Mas, pelo menos era ele mesmo. Uma bosta de ele mesmo, vale lembrar. Agora, imagine um pastiche desta bosta? Acertou, é Arnaldo Jabor. "

Americana e nossos Dalits

Ainda fazemos parte daqueles que viviam nas cavernas. Somos os mesmos que dividiam a mesma terra, que trocavam para sobreviver. O que mudou foi a moeda, o layout da caverna já não é mais o mesmo, hoje ela já tem outra cara. Ao longo de todas essas arestas perdidas, perdemos também a nossa essência, o essencial.
A escolha do caminho é conseqüência dos estímulos que recebemos das terras que margeiam nossas cavernas.
Criamos edifícios, construções, novas profissões e a base de tudo está na educação dos nossos menores. Tudo mudou. A rua que direcionava agora abriga, o jornal que informava, agora aquece. Hoje, nossas cavernas possuem largos muros, vastas grades, cercas elétricas, tudo se torna, todos os dias: mega, ultra, hiper, micro, baixas calorias, megabytes, gigabytes.

Hoje vivemos do acumulo. Juntamos bens e propriedades, nos preocupamos com os próximos lançamentos tecnológicos, com as próximas tendências de inverno e deixamos o que criamos morrerem nas esquinas e calçadas. Agimos todos os dias contra nós mesmos. Plantamos a divisão social e colhemos violência, plantamos a omissão e colhemos um futuro frágil, algo muito além do digital. Construímos um futuro de vidro e damos pedras aos que moram além das nossas cavernas.
Cultivamos todos os dias a miséria, concentrando 90% da riqueza sem transformá-la em nada mais que o obsoleto que tecnologia. Intangível, irreal.
Como o oxigênio nos mata, nossa omissão também nos agride.
Hoje, nos esquecemos frequentemente que somos responsáveis pelas sementes que plantamos. Somos os agrônomos desse solo que vivemos e por opção, deixamos de regá-lo. Damos nossas costas à vida real e criamos o nosso próprio mundo, escondidos no tamanho de nossos muros, na espessura de nossas grades.
Como estão as flores que nascem dessa terra? Como elas nos reconhecerão quando estivermos frente a frente, quando vierem nos cobrar sua herança. O são delas por direito.
Essas flores que plantamos e não regamos, hoje, já nos assaltam em sinais, violam nossas casas, nosso berço, violam tudo o que construímos, cobra o que não fazemos, a herança que lhes pertencem.
Para nós, elas sempre estão erradas. Não devemos conceber algo assim.
Passamos pela vida nos esquecendo de fazer perguntas importantes.
Estamos nos esquecendo de ensinar nossos filhos sobre a importância das perguntas importantes.
Porque estamos aqui? Como conseguimos ser tão iguais e desiguais ao mesmo tempo?
O que estamos construindo e para quem estamos construindo?
É isso que estão nos fazendo. Cobrando o que deles é por direito com violência.
Não, não estão errados. Filósofos nos disseram que eles fariam assim. Eles não sabem fazer de outra forma. Não ensinamos a forma correta, não fomos capazes, viramos as costas.
Os filhos têm por direito mínimo, o mínimo de todos nós e nem o mínimo de atenção nós oferecemos a eles.
E eles estão aqui, enfrente aos nossos portões. E agora?
Quando os outros tentam recuperar alguma dessas plantas sem norte, sem leste, nem oeste, sem bússola, na verdade, estão fazendo algo por todos nós, pelo solo fértil. Quando geramos esperanças aos menores, geramos futuro aos que nos rodeiam, as nossas vida, as vidas dos nossos filhos, aqueles que por opção resolvemos deixar do lado de dentro dos nossos muros.
Se a 20 anos tivéssemos regado com responsabilidade, acompanhado e construído, não colheríamos o que esses filhos e filhas nos exigem.
Estranho como perdi a fé.
Hoje, por conta de tudo isso, nossa vida é um borrão de paisagens feito àquelas que passam pelos vidros fechados dos nossos carros. Tudo o que construímos corre contra o tempo, com medo de que a morte nos alcance antes do final, antes de uma despedida brutal e injusta.
Se nossos professores fossem melhores remunerados, se não fossem as tentativas mesquinhas de um aumento de 70 reais nos salários de quem ensina, faríamos justiça aos criadores da democracia e liberdade de expressão, que investiam tempo na educação dos cidadãos para que eles pudessem escolher os melhores líderes e caminhos com opiniões e pensamentos corretos.
Tudo o que se encontra fora dos vidros escurecidos dos carros, são paisagens que criamos e não queremos ver, são como brinquedos esquecidos.
Vivemos para o consumo e ele nos embriaga.
Aquelas crianças, as que não moram com você, moram ali, onde você não quer morar. Elas passam o frio que você não quer passar,
Há quem diga que não enxerga. Há quem pense em extermínio. Há quem acredite que não estamos de passagem e que ainda está por vir aquele "limpará" todo o problema.
Não volte muito tarde.
Você trancou a porta?
Me ligue assim que chegar.
Não ande por lugares escuros.
Não converse com pessoas estranhas.

Certas frases não deveriam existir.
Viramos o rosto e entregamos ao governo toda a responsabilidade que “não temos tempo nem condições de assumir”. O governo "mente" em aceitar a responsabilidade sozinho e chega a acreditar que varrendo todo esse “problema” para fora das escolas, para dentro de presídios e FEBENS, sanará todas as nossas dores.
Somos ricos, somos emergentes, somos concretos, somos felizes, somos saudáveis, somos capazes, temos natais, juramos milhões de coisas em noites de dias 31, somos cegos. Damos jeito para tudo, somos vazios. Somos críticos diante da TV. Para nós o noticiário virou novela e tudo o que acontece lá fora já virou ficção.
Mas acredite, ainda existem os que se importam.
Quando vemos pessoas lutando, fazendo o trabalho que não queremos fazer, agindo de forma inesperada, segurando a mão desses pequenos e tentando recuperar o que nós estragamos todos os dias, com a omissão e o descaso, fazemos questão de menosprezar, ignorar.

Tudo o que escrevi, foi pensando em instituições como o NAIA. Nasceu em Americana debaixo de criticas e injurias. O NAIA não precisaria existir, ele é o fruto de toda a nossa omissão.
Obrigado aos que compraram a nossa briga pelos meninos e meninas infratores. Expresso minha eterna gratidão por ter assumido as sementes que eu não fui capaz de assumir.
Somos marcados quando trabalhamos com os olhos voltados para as flores que os homens plantam e não querem mais cuidar. Somos marcados quando resolvemos enxergar e fazer algo pelos menos favorecidos, quando resolvemos fazer a nossa parte e a parte de todos os outros, com o intuito de recuperar algo esquecido, jovens, meninos, crianças, filhos de um sistema hipócrita, filhos de uma política de faz de conta, de brincadeira, de doces, de “chocolates”, de Srs Chocolates.
Obrigado por fazer a minha parte, por fazer a nossa parte, por tentar regar nossas crianças e jovens que abandonamos.
Quantas pessoas se preocuparam em ouvir as propostas do NAIA, antes de agredi-lo. Quantas pessoas ofereceram ajuda? Quantos quiseram fazer a sua parte? Quantos de nós continuamos virando os rostos para os que se prontificam a ajudar? Condenando-os com nosso “pré–conceito”? Quantos são os que fazem parte desse sistema arcaico chamado FEBEM, quantos querem continuar fazendo este trabalho que não exige iniciativa, força de vontade, que não exige esforço, pró-atividade? Quantos de seus dirigentes fecham os olhos para as verdadeiras ações que deveriam ser feitas? Fingem trabalhar, fingem educar enquanto nossos jovens e crianças, o futuro de tudo o que construímos, fingem ter alguma esperança também.
Se todos doassem um milésimo de seu tempo para o outro, para um dos nossos menores. O que seria do nosso país? Se os que criticaram o seu trabalho na mídia, pegassem no pesado e dedicassem esse tempo para educar os jovens que passam pelo NAIA, como poderia estar o nosso bairro, o nosso município, nosso país e nossa vida?
Mil desculpas pelas omissões, pela cegueira e pela ignorância.
Alguns aprendem com o olhar, com os ouvidos, com o toque. Outros aprender com a dor.

- Mãe, tem um menino batendo na porta.

Os "Maria Fumaças" estão com os dias contados!!!


Sem cigarrinhos, cigarrilhas, charutos, narguile ou baseados em bares, restaurantes, coletivos e afins. Baniram a fumaça meus amigos...A fumaça em ambientes públicos está com os dias contados...isso de certa forma é muito bom, mas a lei vai demorara um pouco para ser aprovada na camara. Ontem, faltou votos. Quando ia ser votada, alguns vereadores estavam fora, sairam para dar uma fumadinha...

Cauê Macris é Macho?


Na discussão de ontem, sobre o projeto de lei que trata dos "costumes financeiros" dos estágiários ..."Cauezinho do papai" dizia que o vereador Celso Zoppi, não poderia propor mudança sem o estudo do impacto que viria ao orçamento da prefeitura. Todos mundo sabe que a campanha para o cargo de vereador feita por Cauê, saiu do mesmo comitê do Dieguinho, prefeito. Na verdade, da mesma sala e da mesma estratégia. Outros vereadores, dentro do comitê do PSDB, ficaram até meio descontentes com a falta de prestígio ao se deparar com as reuniões de portas fechadas entre Cauê, Duzzi e Diego...e mais um bando de estrategistas...
Prometendo cargos aos que apareciam, não faltou pessoas para assumir estágios dentro da prefeitura, mesmas pessoas que hoje estão sendo decepadas pelas cortes nos reajustes de salários.

Celso Zoppi, em certo momento, desafiou a masculinidade do "menininho" dizendo: "Se o presidente for macho, vai mostrar como o vereador vai apontar no orçamento de 2010, 11 e 12 - como vai ser o gasto dos estagiários, sendo que nem votamos o orçamento desse ano ainda".

Chegaram a propor um aumento de 70 reais... Poxa, mas o que esses caras tem com o 70? Funcionalismo público 70 - Estagiários, 70 ...

Enfim...Macho, macho...não sei não....se o pai dele segurar na mão dele..quem sabe.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Oração a São Jorge...

Um texto muito legal do Pedro Bial..

Herb Carlini agora "Assombra" SBO


Ele, como Secretário de Educação, anda ajudando na "excomunhão" dos funcionários do antigo prefeito.... Tem fantasma que não se aposenta mesmo não é!!! Agora andam proibindo funcionários que trabalharam como destaque na última gestão, de participar de possíveis concorrências por cargos na nova gestão...que diga-se de passagem, está mais para "gestação"...nada muda naquela cidade....
Quem já viu fantasma caçando bruxa? Pede ajuda ao Arcebispo, Herb (Se meu Fusca Falasse)...
hahahahha

Existem coisas que só um fantasma (com mau hálito) faz para você!!!

Rodoviária...Até para fugir da cidade o povo corre perigo!!

Nem sistema de combate a incêndios, hidrantes desligados, mangueiras velhas e rachadas... Pediram 45 mil para "ajeitar essa bagunça"... Poxa...45 mil? Todos mundo quer ganhar uma grana nessa história...e agora? Pagamos os 60 mil para a lipoaspiração das "Ronaldinhas" do Portal, ou 45mil para proteger a "rodô" de um possível incêndio? Não daria para pedir pro cara da Lipo fazer os dois serviços...assim: Pague 1 e leve 2... pra quem teve a coragem de oferecer 70 reais de aumento de salários para os Servidores Públicos, não seria tão ruim, já que a cara é de pau mesmo, tentar mais essa ....
Enquanto isso, a instalação do Poupatempo...aguarda ao desenrolar de mais essa história.

Ai, ai... adoro essa cidade.

Amarelinhos nas Ruas?

Acabaram de regularizar os "Bicos "dos Guardas Municipais....agora cogitam em contratar funcionários para "Multar" infratores de transito...função de Guarda Municipal... Não tô entendendo....ou melhor...tô fingindo que não estou entendendo...

É verdade?

É verdade que o Dieguinho quer fechar o NAIA? E para onde vai essa garotada? Para a rua novamente? Já não basta a omissão de todos nós, essa omissão que cria e recria marginais. Agora que resolveram criar um local, onde esses menores possam tentar se reintegrar a sociedade, o "bom menino" quer mandar todo mundo pra fora da cidade?

Enfim..espero que não seja verdade.

Existem coisas que só um menino rico faz para você.

O Natal já está chegando...

Adorei a cena. Saibam que os funcionários da prefeitura estão reirando das árvores as "luzinhas" de natal...
Não, isso não é uma informação de Janeiro...é de hoje mesmo, quentíssima... Eles estão reirando as benditas...do Teatro de Arena...rs...eu adoro essa galera...... Bem que alguém poderia dizer a eles que o natal já esta chegando poxa...


Existem coisas que só um Funcionário Público faz para você.

Aposentaram a Guilhotina


Uma das maiores revoluções da história culminou, entre outras desgraças, com a insatisfação e a miséria de um povo. Governados por um uma corte ambiciosa, individualista e fanfarrona (confiram no filme Antonieta), os esfarrapados provaram que unidos podiam mais. Nobres e até mesmo o Rei Luiz XVI e Maria Antonieta perderam a cabeça nas guilhotinas de uma revolta popular. Sem Tvs, automóveis, computadores ou seguro de vida, os marginalizados resolveram se unir (mais pela fome do que pela consciência), invadir a Bastilha (prisão onde se encontravam alguns líderes), destituir o governo, prender e julgar sem distinção a coroa e seus seguidores. Através do corte de cabeças em praça pública, a Revolução Francesa, entoou uma nova canção, onde seus versos cantavam um regime que pregava a liberdade, igualdade e fraternidade, versos que influenciaram a constituição de muitos outros países.

E nós? Que canções cantamos?
Quem somos nós, senão insatisfeitos acomodados. Todos os dias as mídias trazem as nossas casas, notícias de um reino fanfarrão. Gastam o dinheiro público, dinheiro de todos nós, em funções e necessidades intangíveis.
O que nos falta temos de sobra: palavras. Se fossemos desenhar o que somos, seríamos uma caricatura de corpo atado a barbantes com língua maior que nossas cabeças. Gritamos, esbravejamos sem pensar, teorizando uma prática amarga, muitas vezes salgada, somos as estátuas de sal. Somos como peixes que se esquecem em frações de segundos dos anzóis que já nos fizeram mal. Não temos noção de que o que nos prende é tão frágil quanto qualquer atitude um pouco mais lúcida.
Hoje somos feitos de TVs, automóveis, computadores, dos desejos de mais alguma super promoção. Compensamos nossa indignação com os sofás e macarronadas de domingo. Nos indignamos muito mais por nosso time que foi rebaixado para a segunda divisão que pelas atitudes individualistas de um governo, seja ele municipal, como o caso do aumento de salário de vereadores na calada da noite, ou o aumento irreal no salários dos servidores em 70 reais.

Desde carne nobre para churrasco, vinhos caros, restaurantes, barras e pesos para exercícios físicos e aluguéis de carros, nossos síndicos gastam errado, muito mais do que qualquer consciência poderia consentir.
Não temos guilhotinas. Construir uma deve ser muito caro. Melhor deixar “pra lá”.
Frases como “somos um país pobre, miserável, ignorante, onde as pessoas dão mais valor a uma TV a Cabo do que para a solidariedade” se tornaram clichês, nossas verdadeiras necessidades foram banalizadas. Quando dizemos muitas vezes a mesma frase, deixamos de dar a ela a verdadeira importância. Foi o que nos aconteceu. Hoje tudo é normal. Erguemos nossos muros, aceitamos a violência como irremediável, investimos em escolas privadas, aceitamos que educação por direito não vale mais a pena, pagamos seguros para os nossas carros, até mesmo para nossas vidas, aceitando que perdemos o controle da situação, optamos por convênios de saúde e odontológico, aceitando que já não temos mais o que fazer, chegamos ao ponto de acreditar que vale mais a pena trocar o nosso direito de questionar, lutar por direitos iguais e melhorias reais pela comodidade que nossa casa própria ou conta bancária nos traz. Ao subir nossos muros e os vidros dos nossos carros, deixamos tudo o que não concordamos do lado de fora, desenhamos uma “utopia relógio”, pronta para explodir e derrubar tudo o que nos esconde da realidade.
Hoje estamos plantando conformismo sem saber exatamente o que colheremos num futuro nem tão distante.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Me salva controle remoto: Boninho dá esporro em Ana por causa de alicate

BBB....
Muito me admira um cara politizado como o Bial, fazer parte dessa podridão e baixaria...poxa...um cara que foi correspondente internacional da emissora, estava presente no turbilhão politico que cuminou com a queda do muro de Berlin...enfim....está rolando uma grana, isso é evidente. Mas observem, assistam ao vídeo abaixo.
Sem se preocupar em "cortar" o audio do microfone, Boninho, o diretor do programa, revela a "merda" (assistindo vocês vão entender) e que ponto chegou nossa nessecidade de exposição. O bom é que hoje temos opções...o velho e bom controle remoto....ainda pode nos salvar...ainda existem boas programações...

GAMA - Bico para os que precisam


A bem paga Câmara de Americana aprovou o projeto de lei que permite à Guarda Municipal cobrar para fazer serviços particulares, como segurança em eventos, blá, blá, blá...Hahahaha..isso tem um nome: "Valorização por outras mãos" - Quando não se pode pagar bem, abre-se as portas para alguém fazer por você. Bico, todo mundo sabe o que é e quem faz. E não são só os Guardas Municipais que precisam usar dessa ferramenta para sustentar a família não, os "PMs" também o fazem. Alguém tem que por um copo de leite na mesa da "molecada"...agora, legalizaram o que todo mundo sabia que já acontecia. Se não pode com eles, junte-se á eles. Foi o que fizeram....De quem é o projeto? Adivinhem...vou dar uma dica: Em época de eleição a cidade fica "abarrotada" de faixas e banneres plásticos com o nome dele...já sabe quem é? É isso mesmo, é aquele que suja a cidade e depois demora para limpar: Oswaldo Nogueira.
Enfim...tomara que uma hora ou outra, não seja mais conveniente trocar os costumes Municipais por algum bico mais lucrativo...

Existem coisas que só um vereador faz para você..
fica legal essa também: Tem coisas que só um Guarda Municipal faz para você...( não sei até quando)

Resposta ao Artigo do Publicitário Edenilson Conterato veiculado hoje no Jornal O Liberal

O Sr. Edenilson achou correto a excomunhão dos médicos que fizeram o aborto na menina de 09 anos ( grávida de gêmeos – estuprada pelo próprio pai). Gostaria de deixar claro que este é um blog de discussões e que a liberdade de expressão de todos deve ser respeitada. Respeito a opinião do Edenilson, mas não concordo com ela. Ele nos diz que se quisermos fazer parte da Igreja Católica Apostólica Romana, devemos respeitar seus dogmas e nos calar diante de qualquer decisão dessa igreja e que, nesse caso, os que não concordam, deveriam fazer parte de outra religião que siga sua linha de raciocínio.
Penso: As igrejas, qualquer uma delas, são feitas de pessoas. Sem as pessoas, não existem as igrejas. Partindo desse princípio, chegamos a conclusão de que a igreja é imperfeita. Pessoas são imperfeitas, aprendem com os erros e melhoram sempre (na maioria das vezes). Isso é lindo. A comunidade imperfeita buscando construir um mundo melhor. Isso é estar com os pés no chão, é ser coerente.
Se todos, na história da igreja católica, tivessem baixado suas cabeças e aceitado todas as atitudes e decisões vindas da igreja, ainda estaríamos vivendo dentro de uma igreja medieval, louca e assassina. Os dogmas também não permitiram que cabeças fossem baixadas e bocas silenciadas diante da morte de milhões de judeus (cerca de 6 milhões) no holocausto, e a igreja não só baixou a cabeça, como também foi conivente sob pena de não conquistar seus interesses. Tanto que anos depois, Papa João Paulo II pediu perdão por isso (A igreja infalível aceitando que um dia errou). Os Dogmas também não permitem assassinatos, e a inquisição matou milhões de pessoas. Anos depois, mais uma vez, o Papa João Paulo II, pediu perdão por isso. Igrejas erram porque são humanas, feitas por mãos humanas, feitas de humanos. Deus esta sob tudo isso, rege essas obras, mas nossa história deixa claro que não controla certos impulsos, egos e covardias. A história da igreja, mesmo a mais recente, nos mostra imperfeições com pedofilias, comentários sobre holocausto, omissões aos mais pobres e famintos. A igreja precisa de nós, dos nossos olhos, da nossa piedade, do nosso bom senso, nós somos a igreja. A igreja precisa acompanhar seus fiéis, entender e saber o que estão ouvindo, vendo, tocando e falando. Não é a igreja que é omissa Edenilson, nós somos omissos. Essa é a história da humanidade. Os Dogmas também não aceitam a omissão e somos omissos todos os dias, viramos as costas para muitos que precisam de nós. Sabemos exatamente em nossa rua, bairro e cidade, onde estão os que passam fome, onde estão os que sofrem , onde estão os abusados, onde estão os desempregados, onde estão os alcoólatras, onde estão os doentes. Quantas visitas caridosas fizemos a eles no mês passado? Provavelmente, nenhuma. Esse fundamentalismo absurdo, sem pé nem cabeça, se levado ao pé da letra, fecha as portas da igreja. Nem você Edenilson, seria autorizado a entrar novamente nela, pois ela pede para não pecarmos e todos pecamos, todos os dias. Ela pede para não matar, e matamos, muitas vezes com armas, mas milhares de vezes, com a nossa omissão. Ou existe alguma regra para a morte? Assassinato? Pecado? Hoje, essa própria igreja dorme sob papéis cheios de números e dados que dizem quantos são os povos, pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. O que é feito? Dormem o sono que acreditam ser o dos justos. Ninguém, nenhum de nós, nem você Edenilson, mataria uma criança de 9 anos com a sua omissão...ou mataria? E lembre-se, você é a igreja.

Sérgio..."o Boca Grande"

Um garoto de 16 anos chamado Sérgio, denunciou ao jornal da cidade que a escola onde estudava, leiam bem: "estudava"...os liberava todos os dias 20 minutos mais cedo. 20 minutos, numa aula que dura 50, quase nada. Indignado (por talvez entender que gostaria de fazer sua parte, mas para isso precisava que o estado também fizesse a parte dele) bateu de frente com o sistema...e meus amigos, bater de frente com o sistema, é quase sempre "pedir para chorar". Resumo da Ópera, Sérginho hoje estuda em outra escola... Da escola Dilecta, Sérgio saiu escoltado...
Hoje, se o professor exigir muito, apanha em sala de aula. Se o aluno pedir para estudar, apanha em sala de aula. Se o professor pede mais 1 minuto para finalizar a explicação, apanha em sala de aula. Se o aluno pede mais 20 minutinhos para entender a explicação, apanha em sala de aula... Quando se repete o ano caso não se empenhe o quanto deveria, quando se paga bem um professor(no fim do Mês), quando se municia a escola de condições, matérias, materiais e sonhos e não com armas brancas, bebidas e drogas, quando se faz entender que escola é um ambiente a parte do que esses jovens vivem na rua, muitos desses "Sérgios" poderiam olhar para frente e vislumbrar caminhos...
Isso não soa bem quando conversamos sobre educação. Basta começar um bate papo, onde quer que seja, abrir uma conversa com o tema: Educação...todos já sabemos onde isso vai parar. Hoje o jovem vive na escola o que vive na rua. Está dentro da sala de aula para garantir um diploma falso, que não garante nada, nem uma frase que possa ser dita corretamente. Usa a escola para passar o tempo, mentindo para um ego inflado de girias e violência, que não percebe o tempo passar. No fundo já sabe que quando sair da escola, a vida acaba por ai...

Existem coisas que só uma escola faz para você.